sexta-feira, 4 de abril de 2025

Redimindo Eva Galli


Envelhecer é sempre um choque. Você vai se dando conta do quão pouco você realmente sabe. E o que você achava que sabia, já não tem mais tanta certeza. Não é a toa que estou sempre reescrevendo as postagens antigas aqui do blog. É o choque de constatar, dez, vinte anos depois, o tamanho da bobagem que escrevi numa época em que achava que era sábio. E a grande vantagem do texto, em relação ao áudio e ao vídeo, é que dá pra corrigir. Você não precisa escolher entre apagar o post inteiro ou deixar a bobagem lá pra ficar circulando indefinidamente, desinformando a quem (ainda) acredita em você. Então eu corrijo. Revejo. Repenso. Reminiscencio. Bonito, né? Tá até no título.☝

Ghost Story (1979), de Peter Straub,
na edição do Círculo do Livro. O título era
sem noção, mas a capa era maravilhosa!
Felizmente, nunca cheguei a escrever no blog sobre Ghost Story de Peter Straub. Teria sido complicado de corrigir, eu imagino. Repeti a vida inteira, para quem tivesse paciência de me escutar, que Ghost Story era um dos melhores romances sobrenaturais que já tinha lido na vida, e que a sua adaptação cinematográfica, dirigida em 1981 por John Irvin, era uma das piores que o cinema já produziu. Não é uma opinião impopular, e, talvez por isso, nunca tenha rolado muita pressão para que eu a questionasse. Mas o fato é que eu só tinha lido o livro uma vez, quando adolescente, naquela edição com uma capa lindíssima do Círculo do Livro, e o título estranhamente "traduzido" para Os Mortos Vivos (sim, também nunca entendi isso, assim como não entendo largar no original, como a Darkside fez) e até hoje me lembro do quanto eu fiquei impressionado com a leitura. Tanto que me apressei a ver o filme assim que tive a oportunidade (não lembro se na TV ou em VHS) numa tentativa vã de "resgatar" a experiência (o tipo de coisa que te parece importante quando você é jovem). E, meu... como eu odiei!

Ainda assim, diferente do livro, revi História de Fantasmas (o filme sempre teve seu título traduzido bem bonitinho😊) umas trocentas vezes no decorrer dos anos. Odiava todas as vezes, mas, quando me dava conta, já estava revendo de novo (o que por si só era curioso, e talvez eu devesse ter prestado mais atenção a isso🤔). Por fim, em meio àquele tédio da pandemia, resolvi que estava na hora de, afinal, reler o livro. Assim, sentei no jardim com uma xícara de café e o tablet nas mãos (epub ripado diretamente daquela velha edição do Círculo) e lá fui eu, de volta pra Milburn... e para a misteriosa Eva Galli.

O velho VHS da CIC Vídeo, com uma
sugestiva tradução da tagline. No original,
era só "chegou a hora de contar a história".
Não vou dizer que as posições se inverteram. Não seria justo afirmar que Ghost Story, o filme, passou a ser uma das melhores adaptações que o cinema já fez, e Ghost Story, o livro, virou um dos piores romances sobrenaturais que já li na vida. Seria ridículo sustentar isso. Mas o fato é que saí daquela releitura com uma impressão completamente diferente, e, quando voltei a ver o filme, pela primeira vez eu gostei dele. E posso dizer que, hoje, não me resta muita dúvida de qual dos dois eu prefiro. Não que eu recomende o filme sem chamar atenção para seus problemas. Basta ver Craig Wasson despencando da janela pelado no chroma key mais ridículo da história do audiovisual (e sim, estou incluindo o Chapolin nessa) pra lembrar que História de Fantasmas é sim um filme bastante falho. Mas, sinceramente, prefiro abstrair os defeitos do filme em prol do que ele adiciona à história, do que perdoar os problemas do livro e aquilo que implicam à história.

Mas pra explicar o que eu quero dizer, terei que dar extensos ☢️SPOILERS☢️ dos dois. E, como nunca cansarei de repetir (pois sempre se faz necessário), spoilers NÃO tem data de validade, e não custa nada pra ninguém (que se importe com civilidade e empatia😉) deixar um alerta de sua presença, para prevenir quem preserva a sensatez de se incomodar com eles.😌 Dito isso, sigamos adiante...

No que se refere ao enredo, o filme e o livro são substancialmente idênticos até um determinado ponto. Contam a história da ilustre Chowder Society, uma associação de cavalheiros que se reúnem nos finais de semana para fumar seus charutos, beber um vinho e aterrorizar uns aos outros com histórias de fantasmas (a la Clube dos Condenados, em Supernatural). Há um segredo, no entanto, por trás dessa excentricidade. Quando jovens, os cinco herdeiros (quatro no filme) conheceram uma mulher chamada Eva Galli, que chegara à cidade, sem que ninguém soubesse muito bem de onde, e se tornara o centro de suas atenções. Garbosa, cosmopolita e linda de fazer chorar, Eva se entrega àquela amizade (cada vez mais colorida) sem grandes puderes, divertindo-se na companhia dos moços e vivendo como se não houvesse amanhã, até que seus desejos começam, inevitavelmente, a pender para um deles em especial, que mal sabe o que fazer com essa atenção em particular.

Para dar um resumo sórdido, a culminação dos desejos resulta numa bela de uma brochada (que é o que acontece quando você tenta trepar com uma idealização😏) e dessa mistura explosiva de orgulho de macho ferido com a ciumeira dos preteridos, chega-se a uma noite de bebedeira e confrontação, na qual Eva se vê acuada por uma horda de cavalões que se aproxima perigosamente de um limiar. Ela tenta se defender com as únicas armas de que dispõe: uma língua ferina, e aquela sagacidade, tão feminina, para alfinetar os pontos fracos dos homens. O que se segue é uma agressão que escapa ao controle, e a moça acaba morta. A cabeça partida contra a parede. Nem é preciso dizer que não demora mais do que meia hora para que os (quase) aristocratas decidam que afundar o corpo no lago dentro de um carro é mais manejável do que encarar as consequências. E o ápice do horror acontece quando, pouco antes de sumir nas profundezas, o rosto de Eva aparece, por um momento, gritando na janela traseira do carro. E já não havia mais nada que pudesse ser feito.


E assim nasce a Chowder Society, submergindo (real e metaforicamente) o horror e a culpa, debaixo de doses semanais homeopáticas de horror fictício. Os habitantes de Milburn pressupõem que a forasteira foi embora, tão subitamente quanto havia chegado, e nenhum dos seus velhos admiradores jamais volta a mencionar o seu nome. Até que o filho de um deles retorna à cidade, afirmando ter se envolvido com uma mulher chamada Alma Mobley, uma mulher que aparentemente é idêntica à falecida e (nem um pouco) esquecida Eva Galli.

A partir daqui, livro e filme começam a divergir. O filme deixa claro o óbvio: o fantasma de Eva Galli voltou para se vingar. Ela atormenta os velhos com pesadelos, e se manifesta fisicamente para seus filhos, usando identidades alternativas, os levando à submissão e, eventualmente, à morte. Com requinte e paciência, ela pretende destruir não só os seus inimigos, mas toda a sua linhagem.

O livro, porém, tem uma sacada. Algo que, quando jovem, eu achei genial, e foi meu principal motivo pra mantê-lo na lista dos meus romances sobrenaturais favoritos por todo esse tempo. Straub tinha ambições bem maiores que simplesmente recontar uma história manjada de vingança sobrenatural. A ideia era fazer uma espécie de romance síntese para as histórias de fantasmas. Passar a limpo os principais tópicos da ficção de horror americana nos séculos XIX e XX, e estabelecer um novo platô para o gênero, costurando e sobrepondo os diferentes arquétipos, convenções e tradições. E se os fantasmas não fossem, simplesmente, os espíritos dos mortos? E se a sua existência fosse mais concreta e independente do que supúnhamos? E se aquilo que sempre acreditamos serem espíritos desencarnados, fossem na verdade entidades sem uma forma específica, criaturas capazes de se materializar sob qualquer aparência que desejassem, incluindo os nossos entes queridos já falecidos? E se, no decorrer de toda a história humana, nós tenhamos sido enganados e atormentados por seres que sempre estiveram aqui, ao nosso lado, partilhando o mundo conosco, e se alimentando de nossas fraquezas? E se aquilo que os nativo-americanos descreviam como "manitus" fosse indiscutivelmente real?

Só eu acho sacana a Nova Cultural manter
esse título com John Houseman, Fred
Astaire
e Melvyn Douglas na capa?😅
Evidente que estou simplificando as coisas nesse resumo. O romance tem formas mais sofisticadas de ir nos apresentando a essa ideia, dando margem a diferentes leituras e interpretações. Os "fantasmas" tendem a responder perguntas como "Quem é você?" com "Eu sou você!", o que não só me arrepia até a raiz da alma, mesmo agora, enquanto escrevo, como sugere uma ambivalência entre o conceito de mal exterior e mal interior, tanto em nível simbólico quanto literário (algo que Stephen King chegou a analisar de forma interessante no seu ensaio Dança Macabra). Todavia, acho difícil discordar que tanto personagens quanto a própria estrutura do romance direcionam-se cada vez mais para a noção de mal exterior conforme o livro se aproxima do desfecho. Chega uma hora em que ninguém mais se questiona sobre a existência dessa entidade que se manifesta ora como Alma Mobley, ou Anna Mostyn, ou Angie Moule, ou como o "fantasma" vingativo de Eva Galli. De fato, a coisa vai além: nunca houve uma Eva Galli! A pessoa que chegou, do nada, em Milburn naquela época, nunca foi humana. Era o manitu desde o princípio. E todo o terço final de Ghost Story é dedicado ao confronto dos remanescentes da Chowder Society contra essa entidade maligna que os assombra desde a juventude.

Agora, vamos dar uma pausa pra não de cair em falso moralismo e sinalização de virtude. Não sou, nem nunca fui, do tipo que cancela autores e obras por discordar de suas posturas. Nunca tive problemas em condenar profundamente o reacionarismo de Jorge Luís Borges, ao mesmo tempo que me encanto por cada um de seus contos. Da mesma forma que relego as opiniões de Robert E. Howard sobre a suposta superioridade moral do bárbaro, como um devaneio que ele adora botar na boca de personagens tão pitorescos quanto falhos. Fala-se muito da responsabilidade do autor em não reproduzir determinadas ideias em suas obras, mas fala-se pouco da responsabilidade do leitor em filtrar e resignificar essas ideias. Não estou nem aí se Lovecraft usou seus homens batráquios como uma metáfora dos perigos da miscigenação. Não há nada que ele possa fazer que me obrigue a comprar essa ideia. Posso perfeitamente me apropriar de A sombra de Innsmouth como aquilo que ela de fato é, na superfície: um conto de horror bem contado sobre monstros que vem do fundo do mar, e deixar para o Sr. Lovecraft quaisquer ideias toscas que ele porventura quisesse me passar.

Alice Krige, como Eva Galli, posando ao lado de seus algozes admiradores, e futuros membros da Chowder SocietyMark Chamberlin, Tim Choate, Kurt Johnson e Ken Olin.

Meu problema é quando o autor tranca as minhas possibilidades de releitura. O racismo de Lovecraft só me incomoda de fato em obras como O Horror de Red Hook, onde ele me coloca na incômoda posição de ter que entender um personagem como "odioso" e "maligno" pelo simples fato dele tê-lo descrito como "oriental". Em outras palavras, quando Lovecraft me diz que um personagem é "oriental", ou "negro", ou mesmo "estrangeiro", em O Horror de Red Hook, ele pressupõe que eu vou entender automaticamente que estamos falando de algo "ruim". Ou seja, ele me torna cúmplice de seu racismo. E isso não só torna a coisa muito mais difícil de "relevar" (além de eticamente improvável) como, no limite, compromete a própria qualidade literária da obra, ferindo de morte a caracterização e a verossimilhança.

Alice Krige, etérea como Eva Galli.
Quando Peter Straub me coloca na posição de ter que aceitar com a mesma facilidade dos integrantes da Chowder Society que a mulher que eles mataram não era humana, e que as coisas que fizeram com ela foram "obviamente" resultado de manipulação emocional por parte de uma criatura maligna que queria extrair o pior de suas naturezas em essência boas, nobres e justas, ele me torna cúmplice de uma misoginia que eu mal posso acreditar que nunca tinha percebido antes. Chega a soar ridículo quando colocado nesses termos, mas, no limite, é por aí que as coisas vão no decorrer do último terço do livro. A partir do ponto que a "explicação" é dada, Straub não parece pressupor que teremos quaisquer dúvidas sobre o direito da Chowder Society de serem os "grandes matadores de vampiro" dessa história, e isso é... bom, no mínimo complicado. Basicamente, ele está nos pedindo para que voltemos àquela imagem, tão vividamente descrita, de Eva Galli gritando em desespero na janela do carro que afunda, e a resignificarmos como um truque sujo de um trickster. Não me parece um pedido razoável. Tanto pela quebra do comprometimento emocional que estávamos tendo com o enredo (e com a personagem) até aquele ponto, quanto pelo que isso implica num nível simbólico e discursivo: olha só como é dissimulada essa criatura que se apresentava a nós como uma mulher.

Alice Krige e suas (equivocadíssimas)
variações, concebidas por Dick Smith.
Hoje eu sei que John Irvin, o diretor da adaptação cinematográfica de Ghost Story, estava bastante ciente dessas implicações. Há registros de que ele teria entendido a narrativa como uma história sobre hipocrisia. Sobre como "o medo que os homens tem das mulheres, eventualmente, se transforma em ódio", o que, por si só, já o coloca num campo diametralmente oposto ao que Straub, intencionalmente ou não, acabou dando a entender no livro. Por anos achei que a omissão do conceito do manitu fosse uma questão de economia e simplificação. Hoje acredito que tem muito mais a ver com postura política mesmo. Para além do enredo e dos diálogos em parte preservados da prosa de Straub, transparece, no filme, o entendimento de que se o fantasma de Eva Galli se tornou uma espécie de monstro, é devido à monstruosidade do que fizeram com ela, e Irvin tem uma aliada e tanto para ajuda-lo a sustentar essa proposta: Alice Krige.

Aos 27 anos, a atriz sul-africana emana tal força, dignidade e estranheza que consegue se impor até mesmo diante de veteranos do calibre de Fred Astaire, John Houseman, Douglas Fairbanks Jr. e Melvyn Douglas. Quando ela se volta para Mark Chamberlin, na fatídica cena em que vira o jogo contra os quatro rapazes que tentam pressiona-la, e diz que vai dar uma "mordida" nele, nós quase podemos sentir essa "mordida". O senso de ultraje, a justa raiva pelo patético daquela situação. É uma performance tão poderosa que, sozinha, desmonta as pretensões de Straub, e seu mecanismo literário tão engenhoso em manipular arquétipos e mitos, mas que parece não compreender as verdades (e fraquezas) humanas mais simples. Seus velhos e empoados aristocratas (que Jacqueline Brookes descreve, no filme, como um bando de corujas) não tem nobreza alguma a resgatar. São só covardes. E, sem surpresa, é assim que o experiente elenco de estrelas opta por retrata-los. "Qual foi a pior coisa que você já fez?", "Não vou contar, vou contar a pior coisa que me aconteceu." Como poderiam entender de outra forma? Sem a prosa de Straub para disfarça-los, os reis estão nus.

Craig Wasson e Alice Krige, numa foto promocional de História de Fantasmas (1981).

É pena que não tenha resultado num filme melhor. Mas, na real, nem tinha como. História de Fantasmas é um produto de estúdio. Irvin sequer detinha o corte final. O roteiro de Lawrence D. Cohen se mostra desajeitado ao preservar elementos do romance que não parecem fazer sentido na releitura, mas continuam lá mesmo assim, tipo os "servos" de Eva Galli, que, no livro, aproximavam o conceito do manitu com as lendas de vampiros e lobisomens, para além dos fantasmas. Ainda que isso me pareça um problema menor, pois as cenas com Gregory e Fenny Bate até que funcionam individualmente, e, por mim, insinuações ambíguas e pontas soltas sempre fizeram bem ao gótico. Bem mais que o excesso de amarrações e justificativas de Straub, que, no fim, não deixa praticamente nada sem explicação. Agora, imperdoável de verdade são os efeitos exageradamente grotescos (e, no limite, risíveis) de Dick Smith. Não que seja culpa dele, claro, era o estúdio que queria um filme mais antenado com a onda de horror explícito que estava começando a aflorar naquele início dos anos 80, e se alguém desse um toque de que um filme como Ghost Story provavelmente se beneficiaria com uma abordagem mais old school, ia acabar perdendo o emprego.

Alice Krige, redimindo Eva Galli,
com toda a dignidade e estranheza.
E não dá pra esquecer, claro, daquele probleminha básico: sem "manitu" e todo o jogo literário a que Straub se propunha, o filme acaba mesmo sendo só uma velha e manjada história de fantasma vingativo. E meio torta, ainda por cima. Não há dúvida de que o livro é mil vezes mais bem sucedido naquilo a que se propõe a ser. A ironia é que, hoje, eu vejo isso como o seu maior problema. Quando moleque, a "sacada" em si, já me bastava. Super "comprei a ideia", como se diz, desse novo/velho monstro que "amalgamava" todos os demais. Que puta ideia! Onde a galera do cinema estava com a cabeça para cortar isso? Hoje, me espanto não só com a minha própria miopia (que, vá lá, até poderia ser justificada como falta de leitura e vivência) mas com a miopia do Straub!🤨 Será que ele não se dava conta das implicações? Estaria tão encantado com a engenhosidade de seu "jogo" que sequer percebia? Acho difícil acreditar. Teria ele se apropriado propositalmente da misoginia implícita (e, muitas vezes, explícita) em tantas das obras góticas clássicas como "parte do jogo"? E pra que? Onde ele pretendia chegar com isso? Tudo bem, Bram Stoker também esperava que aceitássemos com naturalidade a justificativa de seus personagens (todos homens e aristocratas) de que Lady Arabella March só podia ser o verme branco, porque nenhuma mulher normal poderia ser tão forte e autodeterminada, ou que Margaret Ross com certeza estava possuída pelo espírito da rainha egípcia, pois estava agindo de forma independente e insubmissa demais para sua natureza feminina. Mas Stoker tinha a desculpa de estar escrevendo essas coisas no final do século XIX e começo do XX. O que Straub queria, ao trazer tudo isso de volta em plena virada dos anos 70 para os 80?

Bom, o que quer que fosse, ao menos não teve chance de chegar aos cinemas, e só por isso, o filme de John Irvin já merece a nossa consideração. Independente de suas falhas, História de Fantasmas propiciou a Alice Krige a oportunidade de redimir Eva Galli por todas as injustiças que sofreu, e de exercer a sua justa vingança contra todos esses machos metidos a besta, que até podem ser bons em contar histórias de fantasma, mas, no que se refere a mulheres, não sabem de nada.

Me refiro à Chowder Society, naturalmente.😉 Ou não?😜




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