com William Campbell, Marissa Mathes, Lori Saunders, Sandra Knight, Karl Schanzer, Biff Elliot, Sid Haig, Jonathan Haze, Patrick Magee
The Velvet Vampire (1971)
de Stephanie Rothman
com Celeste Yarnall, Michael Blodgett, Sherry Miles, Gene Shane, Jerry Daniels
Como não se apaixonar por uma vampira que atende pelo nome de Diane Le Fanu?🖤 Tá certo que sou meio suspeito pra falar, afinal tenho um dossiê de sei lá quantas páginas no blog sobre as adaptações de Carmilla,😁 mas o diálogo aqui na verdade nem é tanto com o clássico de Sheridan Le Fanu (a não ser como uma influência, digamos assim, espiritual), mas sim com Daughters of Darkness, de 1971, e toda a onda lésbico-vampírica que tomou o euro-horror de assalto no começo dos anos 70. E isso de forma bem assumida, a diva vampira de Celeste Yarnall até usa o mesmo tipo de figurino que Delphine Seyrig usava no filme de Harry Kümel e, como ela, tem num casal moderninho e liberal o seu principal foco de... interesse.😏 Algo mais pra bisexual vampire do que lesbian vampire, se for parar pra pensar.😅 Mas o filme de Stephanie Rothman ainda tem um diferencial na exótica ambientação do ensolarado deserto californiano, uma pegada quase weird western que cria um curioso contraste com sua atmosfera surreal de inspiração pra lá de psicodélica. De fato, é acima de tudo um filme de contrastes, aparentemente irreconciliáveis. Um vampirismo "solar" que se equilibra graciosamente entre o exploitation e o art house, entre a cafonice apelativa e as vanguardas sócio-culturais do período, infiltrando um bocadinho de feminismo nas grindhouses e drive-ins e um bocadinho de softcore nos cinemas de arte e circuitos alternativos. O tipo de receita perfeita tanto para o fracasso comercial (nem o espertalhão do Roger Corman soube como vende-lo adequadamente na época) quanto para uma consagração póstuma como um cult movie daqueles dignos de incontáveis revisões nas madrugadas malditas regadas a vinho e, talvez, outros aditivos não tão impunemente confessáveis nas redes sociais.🤫 O que não deixa de soar estranhamente apropriado para qualquer vampire movie experimental setentista que se preze.😉 Salud, Miss Rothman.🍷
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