quinta-feira, 31 de outubro de 2019

O "Portmanteau Ideal" - Os Melhores Episódios das Antologias da Amicus Productions

Bem mais modesta em recursos e prestígio, a Amicus Productions, de Milton Subotsky e Max Rosenberg, desde o início se apoiou em duas estratégias básicas para fazer frente ao domínio da Hammer Films no mercado britânico de cinema de horror popular de baixo orçamento nos anos 60 e 70. Primeiro a ambientação contemporânea que, além de ser muito mais econômica do que o modelo de filmes de época da concorrente, dava uma cara um pouco mais moderna para o estúdio em meio aos novos paradigmas do horror americano que começavam a ditar as regras do gênero no mundo todo. Mas o que realmente marcou a Amicus no imaginário dos fãs foi a popularização do formato que ficou conhecido como portmanteau (inspirado no clássico Dead of Night de 1945), filmes compostos de três a cinco histórias conectadas por algum tipo de narrador e/ou situação que funcionava como uma espécie de guarda-chuva temático. O sucesso foi tão grande que os portmanteaus acabaram se tornando quase indissociáveis do estúdio e até hoje o formato reaparece periodicamente no cinema de horror em geral, desde um Creepshow (1982) até um ABC da Morte (2012), embora seja mais comum serem chamados de "antologias". De fato, um termo tão old school quanto portmanteau (pra quem não sabe, são aquelas maletas enormes que quando abertas vão revelando inúmeras subdivisórias) soa pomposo demais para se referir a qualquer outra coisa senão ao clássico cinema gótico britânico.🍷

Primeiro portmanteau da Amicus, não muito bem
sucedido, apesar da charmosíssima performance
de Peter Cushing como "Dr. Terror". 
Por todo o seu breve período de funcionamento, entre 1962 e 1977, a Amicus produziu nada menos que sete portmanteaus, Dr. Terror's House of Horrors (1965), Torture Garden (1967), The House That Dripped Blood (1971), Tales from the Crypt (1972), Asylum (1972), Vault of Horror (1973) e From Beyond the Grave (1974). Posteriormente, Subotsky lançou ainda mais dois filmes que, mesmo tendo sido feitos em outros estúdios, costumam ser considerados como extensões da série, The Uncanny (1977) e The Monster Club (1981), esse último comumente aceito como uma espécie de último suspiro da Amicus, ainda que póstumo. Somando tudo, temos nada menos que 37 histórias de horror gótico, quase um pequeno seriado, altamente maratonável em qualquer Halloween que se preze. #FicaDica 😁🎃

Em sua série A History of Horror, Mark Gatiss chegava a dizer que considerava o formato portmanteau ideal porque "mesmo que você não estivesse gostando de uma história em particular, em alguns minutos viria outra", sem dúvida uma forma bem "copo meio cheio" de encarar as coisas. Mas sendo cruelmente realista, o grande ponto fraco desse tipo de filme sempre foi sua irregularidade. Via de regra, cada longa tinha uma ou duas histórias realmente impecáveis que acabavam sustentando o filme nas costas e uma ou duas que só completavam a metragem regulamentar de mais ou menos 90 minutos e eram esquecidas assim que a projeção acabava. A diferença de qualidade por vezes era tão gritante que parecia inacreditável que fizessem parte de um mesmo filme. Porém, apesar da sua pollyannice, Gatiss deixava no ar uma ideia no mínimo curiosa: "sempre fiquei imaginando quão impecável seria um portmanteau formado apenas pelas melhores histórias de cada um desses filmes" e é justamente esse exercício que resolvi fazer aqui: montar o meu próprio Amicus´s Portmanteau Ideal, algo bem mais de acordo com os critérios habituais de escolha de pauta aqui no blog e, sem dúvida, mais eficiente para apresentar algumas considerações gerais sobre toda essa charmosa série de filmes sem cansar o leitor dissecando TODAS as histórias uma a uma. Então, acompanhem-me e vejam se concordam com minhas escolhas (se não concordarem, não precisamos brigar, basta usar os comentários para sugerir suas próprias seleções). 😊


"The Man Who Collected Poe"
in Torture Garden (1967)
Direção: Freddie Francis
História: Robert Bloch

Antes de começar, deixem-me esclarecer dois critérios que achei melhor adotar. Primeiro decidi que meu portmanteau teria cinco episódios, por ser o número máximo que os filmes da Amicus chegaram a ter. Segundo, achei melhor não selecionar mais do que um episódio de cada filme, por um motivo que vou comentar lá no final do artigo, junto com algumas menções honrosas. Dito isso, não consegui fechar uma ordem ideal, então a sequencia dessa lista é um tantinho randômica, ok?

Bom, de qualquer forma, seria difícil começar a falar dos portmanteau da Amicus senão pelas histórias de Robert Bloch. A série começou relativamente mal com Dr. Terror's House of Horrors (não é por acaso que não selecionei nenhum de seus episódios). Mesmo sendo um filme charmoso, com ótimas participações de Peter Cushing (quem mais seria o Dr. Terror?) e de Christopher Lee (hilário como um pedante crítico de arte), o fato é que Milton Subotsky como roteirista não passava de um bom produtor. O conceito só se firmou de verdade quando o celebrado autor do romance Psycho fechou contrato para adaptar seus próprios contos, preenchendo nada menos do que três filmes: Torture Garden (1967), The House That Dripped Blood (1971) e Asylum (1972).

No geral, essa trilogia costuma ser celebrada como os melhores filmes da série pela maioria dos fãs, mas eu diria (como já comentei acima) que essa fama se deve mais a alguns episódios específicos e, sem sombra de dúvida, "O Homem Que Colecionava Poe" é um deles. O conceito da história é simplesmente genial, uma "peça para dois atores" com Jack Palance (maravilhosamente exagerado e canastrão) interpretando um fanático por Edgar Allan Poe que tenta persuadir o erudito Peter Cushing a revelar mais e mais itens secretos de sua extraordinária coleção sobre o grande escritor americano. Extremamente metalinguístico, cheio de piscadelas cúmplices de "fã obcecado para fã obcecado", o episódio prende o espectador num crescente ao mesmo tempo tenso e hilário, onde cada "relíquia sagrada" que vai sendo revelada esgarça um pouquinho mais os limites do fantástico até um desfecho delirante e arrebatador, que pode até ser previsível, mas não poderia ser diferente de tão perfeito. Sem dúvida o melhor e mais lembrado dos episódios escritos por Bloch.


"The Weird Tailor"
in Asylum (1972)
Direção: Roy Ward Baker
História: Robert Bloch

Weird é de fato a melhor palavra pra descrever esse episódio, como a própria sinopse já pode demonstrar: Barry Morse é um antiquado alfaiate à beira da falência (afinal, quem ainda manda fazer ternos sob medida?) que repentinamente é procurado por ninguém menos que Peter Cushing, oferecendo uma pequena fortuna para encomendar um terno para o filho. Acontece que o tal terno precisa ser feito com um tecido esquisitíssimo que brilha no escuro e muda de cor conforme é manuseado (e ainda absorve sangue!), seguindo instruções extremamente precisas sobre horários, medidas e métodos de trabalho (tipo costurar apenas entre a meia-noite e o amanhecer), detalhes que os mais espertos logo irão associar com algum tipo de ritual de necromancia.

Muito mais sinistra do que a história sobre Poe, "The Weird Tailor" ganha impacto muito mais pelos detalhes do que pela trama em si (que poderia até ser medíocre nas mãos de autores menos gabaritados), com especial destaque para a tétrica cenografia do casarão arruinado onde o pobre alfaiate precisa entregar sua encomenda, cada cômodo revelando os níveis de decadência física e espiritual de seu melancólico proprietário.

Há também o elemento de bastidores de que esse é um dos filmes em que Cushing trabalhou quase imediatamente após a morte de sua esposa Violet, em 1971, um terrível acontecimento na vida do ator (sobre o qual já escrevi) que marcou profundamente sua escolha de papéis e o tom de suas performances no decorrer dos anos 70. É difícil não sentir um aperto no coração com o ar docemente maníaco e desesperado do querido "cavalheiro do horror" contracenando com Morse, um verdadeiro duelo de titãs.

Ainda que o "susto" final seja quase anti-climático, a atmosfera e seu desenvolvimento como um todo dificilmente sairão da memória do espectador, especialmente os que compartilham minha opinião de que, para além do medo, é na melancolia mórbida que reside de fato o coração do gótico.


"Poetic Justice"
in Tales from the Crypt (1972)
Direção: Roy Ward Baker
História: Al Feldstein, William M. Gaines, Graham Ingels

Além da irregularidade, outro problema intrínseco do formato favorito da Amicus é a tendência de histórias de horror com estrutura curta e rápida acabarem se tornando dependentes de plot twists. "E foi então que descobriu que na verdade estava morto a vinte anos..." ou algo do tipo. Isso é um problema pela mesma razão que os jumpscares acabaram se tornando um problema no cinema de horror como um todo, porque o público acaba se acostumando tanto com o clichê que o antecipa em 99% dos casos, tornando-o apenas anti-climático.

Ironicamente, os plot twists acabaram sendo uma das características que tornaram praticamente inevitável uma aproximação da Amicus com os quadrinhos da EC Comics, inteiramente sustentados pela fórmula histórias curtas + plot twists, associados ao típico moralismo de sempre reservar os maiores horrores para os personagens retratados como "maus", aliviando assim a consciência do espectador para se regozijar sem culpa com qualquer que fosse a monstruosidade sádica da vez.

Apesar de repetitiva e problemática no conjunto, sem dúvida a fórmula rendeu algumas excelentes historietas individuais e, dos dois portmanteaus adaptando os quadrinhos da EC, Tales from the Crypt é, sem dúvida, excelente (enquanto Vault of Horror demonstra claramente os limites do formato).

De fato, fiquei até dividido entre selecionar "Poetic Justice" ou "Blind Alleys" mas, por mais que talvez soe repetitivo, Peter Cushing é imbatível. A história do bondoso velhinho viúvo, amigo das crianças e dos animais, que começa a ter sua vida destroçada por vizinhos invejosos sem nem saber o que está acontecendo é emocionalmente arrasadora e vai muito além do quadrinho original, onde o personagem sequer tinha falas e o foco da história estava mais nas riminhas dos cartões de Dia dos Namorados. Cushing, numa de suas mais impactantes "performances de luto" não só brigou pelo papel como ampliou e, em grande medida, re-significou o material tornando-o muito mais do que uma mera historinha de vingança além-túmulo. A lendária cena da leitura dos cartões, incrivelmente precisa e sutil em cada pausa dramática e tremor na voz, é de fazer chorar até o mais cínico dos espectadores, fazendo com que a caracterização de Cushing como zumbi (única em sua carreira) atinja uma ressonância impensável se fosse qualquer outro ator no papel. Numa palavra: icônico.


"Ghoulsville"
in The Monster Club (1981)

Direção: Roy Ward Baker
História: R. Chetwynd-Hayes

Sem dúvida "A Vila dos Ghouls" precisava estar no meu portmanteau ideal, mesmo fazendo parte de uma adição tardia à série, produzida depois que a Amicus oficialmente fechou as portas, afinal já escrevi um artigo inteiro só sobre esse episódio, dada a sua importância na minha (de)formação cultural. Mas, já que não faz sentido ficar me repetindo, permitam-me redirecionar o leitor interessado em saber os detalhes dessa pequena joia para o post Memórias de Madrugadas Malditas: "A Vila dos Ghouls", enquanto aproveito esse espaço para tecer alguns comentários adicionais sobre a Amicus em geral.

É bastante comum que o estúdio seja sempre mencionado em relação a Hammer de alguma forma, "concorrente da Hammer", "primo pobre da Hammer", "Hammer wannabe", o que não é tecnicamente errado, mas não deixa de ser um pouquinho injusto. Com um período de funcionamento menor e uma lista de títulos curta em relação à sua titânica concorrente, a Amicus pode se orgulhar de que pelo menos uns 80% dessa lista foi de alguma forma marcante para o cinema fantástico de baixo orçamento, muito mais do que a Tigon British Film Productions, outra célebre/infame concorrente da Hammer.

Além da série de portmanteaus temos alguns títulos de horror gótico indiscutivelmente obrigatórios como The City of the Dead (um precursor, lançado em 1960, antes da efetiva fundação da empresa), The Skull (também escrito por Robert Bloch em 1965), I, Monster (de 1971, uma das melhores versões da história do médico e o monstro, com Christopher Lee extraordinário no papel duplo), And Now the Screaming Starts! (de 1973, um dos meus grandes favoritos pessoais) e Madhouse (com Vincent PricePeter Cushing numa dueto histórico, lançado em 1974).

Fora isso, nos seus últimos anos a Amicus lançou uma notável série de aventuras fantásticas produzidas por John Dark e dirigidas por Kevin Connor, adaptando obras de Edgar Rice BurroughsThe Land That Time Forgot (1975), sua continuação The People That Time Forgot (1977) e At the Earth's Core (1976), todos estrelados pelo simpático Doug McClure (uma sequencia que podemos dizer que também foi "completada" após o fim do estúdio com o insano e divertidíssimo Warlords of the Deep de 1978). Sem esquecer, é claro, das inusitadas versões cinematográficas de Doctor Who com Peter Cushing numa época em que ninguém sequer sonharia que o personagem teria treze encarnações diferentes, Dr. Who and the Daleks (1965) e Daleks' Invasion Earth 2150 A.D. (1966).

Convenhamos... não é pouca bosta. 😉


"The Gatecrasher"
in From Beyond the Grave (1974)
Direção: Kevin Connor
História: R. Chetwynd-Hayes

Quando terminei de assistir ao excelente Oculus (2013) de Mike Flanagan (e mais ainda quando me dei conta de que o espelho maldito do filme aparecia em ao menos uma cena de cada um de seus outros filmes) tive a convicção de que um dos diretores mais interessantes do horror atual deve ser MUITO fã desse segmento em particular do último portmanteau "oficial" da Amicus.

E, se me perguntarem, não é pra menos. A história do típico sujeito comum, moderno e secular, que resolve comprar um espelho gótico antigo para decorar seu moderno apartamento e acaba (literalmente) levando pra casa um tenebroso e aristocrático fantasma que domina sua vida e o obriga a lhe ofertar sacrifícios de sangue, é uma das mais atmosféricas e notáveis adições à temática da infiltração das máculas do passado histórico corrompido e obscuro no cotidiano iluminado e pequeno-burguês dos dias atuais. David Warner (um ator quase tão lendário para o horror quanto Cushing, Lee ou Price, mas infelizmente não tão lembrado hoje em dia) compõe uma marcante imagem da deterioração física e espiritual de seu personagem conforme o espectro do espelho vai se tornando pouco a pouco mais nítido, incapaz de desobedecer as ordens daquela voz adequadamente sinistra e deliciosamente cafona. E o roteiro, baseado na obra de R. Chetwynd-Hayes, um escritor britânico infelizmente inédito no Brasil até hoje, é particularmente feliz em não cair na tentação de explicar as origens do espelho e de seu ocupante, satisfazendo-se em apenas insinuar as mais significativas implicações, bem de acordo com os pressupostos da abordagem gótica. Uma característica, aliás, compartilhada pelo filme como um todo.

Assombroso pôster japonês de
From Beyond the Grave (1974),
o verdadeiro portmanteau ideal da Amicus.
E aqui chego ao meu próprio plot twist nesse singelo artigo (previsível, claro, como manda a tradição), no qual devo revelar que o principal motivo de ter me forçado aquela regra de selecionar apenas um episódio de cada filme é o fato de que se eu fosse mesmo incluir todos os episódios que considero impecáveis e pessoalmente marcantes, de forma crítica e honesta, sem nenhuma restrição, eu seria obrigado a incluir TODAS as histórias de From Beyond the Grave. Sim, no que me concerne, a Amicus produziu ao menos um portmanteau ideal, em que não só todas as histórias são igualmente excelentes (ainda que diversas, variando do mais tétrico horror até a comédia macabra) como também a narrativa de ligação, na qual cada personagem compra um objeto amaldiçoado na lojinha do antiquário Peter Cushing, é sem dúvida a mais inspirada e deliciosa de toda a série, mesmo quando comparada com a hilária performance de Burgess Meredith em Torture Garden. Desde a assombrosa aparição da bizarramente linda Angela Pleasence (filha de Donald Pleasence que aqui metalinguisticamente também interpreta seu pai) no papel da doce feiticeira de "An Act of Kindness", até a engraçadíssima Margaret Leighton como a Madame Orloff de "The Elemental", passando pela fantástica cenografia de "The Door" e o genial desfecho, quando o assaltante que espreita a lojinha durante o filme inteiro finalmente resolve entrar, From Beyond the Grave, de Kevin Connor, é sem dúvida um dos melhores góticos britânicos de todos os tempos e chega a me causar espanto que tenha demorado muito mais pra sair em bluray do que todo o restante da série de portmanteaus da Amicus. Aliás, foi justamente a chegada do bluray aos torrents que me motivou a escrever esse artigo. Era o sinal para maratonar (mais uma vez) toda a série, agora em alta definição.😍

P.S. Algumas menções honrosas se fazem necessárias: "Enoch" em Torture Garden; "Blind Alley" em Tales from the Crypt; "Sweets to the Sweet" em The House That Dripped Blood e "Disembodied Hand" em Dr. Terror's House of Horrors, que poderiam compor uma continuação, inferior mas digna, para nosso modesto portmanteau ideal. Por que não, né? #HappyHalloween.🎃



4 comentários:

  1. Olá! Concordo plenamente com sua escolha dos episódios. Sempre fui fã da Amicus, até mais do que da Hammer. Assisti todos nas madrugadas da TV dos anos 70. "The Man Who Collected Poe" é o meu episódio preferido também, e me assombra desde a infância. Também sou admirador de Poe, mas nem tanto assim, rs. "From Beyond The Grave", tive o privilégio de assistir no cinema, na metade dos anos 80, e num domingo de Carnaval!! Estava passando, vi o cartaz no cinema e não resisti, passei a tarde inteira no cinema. Bons tempos aqueles... Parabéns pela postagem e pelo blog!! Abraços! Claudio.

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    1. "From Beyond The Grave" no cinema! Essa sorte não tive, mas ele foi de fato o primeiro portmanteau da Amicus que assisti, criança ainda, numa dessas madrugadas malditas de TV aberta, na época sem ter a menor ideia do que estava vendo. Obrigado pelos elogios e continue acompanhando o blog. =)

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  2. Como sempre, post excelente.
    Concordo com cada episódio inserido no seu portmeanteau ideal, no meu eu acrescentaria o episódio da Casa que Pingava Sangue com a capa de vampiro amaldiçoada e a espetacular Ingrid Pitt mais uma vez de vampirona.

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  3. Excelente postagem. Assisti esses filmes quando criança também. E graças ao antigo blog "Rapadura Açucarada", consegui encontrar vários desses filmes. Até então eu nem lembrava dos nomes dos filmes nem das produtoras.

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